O abrigo, como
sendo a construção predominante nas sociedades primitivas, será o elemento
principal da organização espacial de diversos povos. A presença do abrigo no
inconsciente coletivo destes povos é tão forte que ela marcará a cultura de
diversas sociedades posteriores, mais recentemente evocarão o mito da cabana
primitiva. Este mito, variando de acordo com a fonte, prega que o ser humano
recebeu dos deuses a Sabedoria para a construção de seu abrigo, configurado
como uma construção de madeira composta por quatro paredes e um telhado de duas
águas.
À medida que as
comunidades humanas evoluíam e aumentavam, acometidas pelas ameaças bélicas
constantes, a primeira modalidade arquitetônicas a se desenvolver foi
essencialmente a militar. A humanidade confrontava-se com um mundo povoado de
deuses vivos, gênios e demônios: um mundo que ainda não conhecia nenhuma
objetividade científica. O modo como os indivíduos lidavam com a transformação
de seu ambiente imediato era então bastante influenciado pelas suas crenças.
Muitos aspectos da vida cotidiana estavam baseados no respeito ou na adoração
ao divino e ao supranatural. O poder divino, portanto, equiparava-se (ou mesmo
superava) o poder secular, fazendo com que os principais edifícios das cidades
fossem os palácios e os templos. Esta importância fazia com que a figura do arquiteto
estivesse associada aos sacerdotes (como no Antigo Egito) ou aos próprios
governantes e a execução dos edifícios era acompanhada por diversos rituais que
simbolizavam o contacto do Homem com o divino.
As cidades
marcavam uma interrupção da natureza selvagem, consideradas o espaço sagrado em
meio natural. Da mesma forma, os templos dentro das cidades marcavam a morada
dos deuses em meio ao ambiente humano.
Classificações:
- Arquitetura egípcia
- Arquitetura assíria
- Arquitetura babilônia
- Arquitetura etrusca
- Arquitetura minóica
- Arquitetura micênica
- Arquitetura persa
- Arquitetura suméria
Disponível em:
Acesso em: 25 maio 2012.
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